Instrumento de origem africana é apresentado aos alunos como forma de expressão
Numa de suas aulas, o Professor Wagner apresentou o berimbau, suas particularidades e seu processo histórico na nossa cultura e relata a seguir essa experiência:
Se todo instrumento musical possui uma história, o
berimbau para nós, é especial. Vai para além da sonoridade um componente de
representação da luta dos oprimidos, está diretamente associado a herança
da matriz africana, dos escravizados no Brasil. Usado nas rodas de capoeira,
forma de luta criada no Brasil pelos africanos escravizados, o berimbau é o mestre da
roda, é ele quem dita o ritmo dos movimentos.
Considerando que vivemos tempos de intolerância (étnica,
religiosa, política, sexual) promover a aproximação com elementos
culturais das matrizes de origem africana se faz necessário, além
da consonância com a Lei nº 10.639, que trata
da
obrigatoriedade do ensino sobre a África. No encontro com os alunos, por
tratar-se de aula de substituição, privilegiei, o contato com o berimbau e
todos os seus componentes constitutivos: arco, vareta cabaça, caxixi, moeda ou
pedra. Todos puderam ter contato com essas “peças”. Voluntariamente um deles
escrevia na lousa os nomes delas. Em seguida, toquei uma
ladainha, atribuída ao mestre Pastinha, chamada “Beabá do
Berimbau” com o toque de angola. Depois apresentei-lhes o toque, "São Bento
Pequeno", convidando-os para ajudar no coro, com a canção, "Marinheiro Só", que
pela popularidade, puderam responder bem.
O vídeo abaixo mostra um pouco mais sobre a participação dos alunos nessa aula:
Nenhum comentário:
Postar um comentário